Gostei do festival. Valeu pela música, pelo espírito do público e pela companhia.
Acho que só o dia 4 de Dezembro no Teatro Variedades (Lykke Li, Zita Swoon e X-Wife) já valia os 40€ do bilhete... o resto seria oferta... da boa...
Tive pena de não ter conseguido ver El Perro Del Mar no Maxime, mas aquilo estava mais cheio (dentro e fora) que um centro-comercial em época natalícia...
E tive pena de ter optado por ir ver The Walkmen em vez de Zita Swoon, o Sezinando disse-me que eles montaram o palco no meio da plateia. Schön...
Só um pormenorzinho, parece que o Tiago Bettencourt andou atrás de mim durante o festival todo, alías, nesses dois dias vi-o mais vezes a ele que à minha família... estive quase a dar-lhe um autógrafo e a deixá-lo tirar uma foto comigo... quase...
Day#1José JamesPor vezes torna-se difícil dizer o nome deste caramelo :)
Não conseguimos entrar para ver o início de Ladyhawke e portanto fomos até ao Tivoli ver o JJ.
A música é uma mescla de Jazz, Rap, R&B e Soul.
Quanto à forma dele se expressar, eu diria que é algo do género: 50% Spoken Word + 20% Mouth Scratching + 30% Sindrome de Tourette... talvez por isso não percebi grande parte das letras...
Gostei do ambiente sonoro criado pelas canções longas, mas ao final de algumas já começava a fartar um bocado.
LadyhawkeSaímos de JJ para ver se já dava para entrar na sala da Pip(inha) Brown... lolololol
Deu para entrar e para ver ainda Paris a arder, e mais 2 canções.
No S. Jorge as baixas (frequências) estavam com um volume demasiado alto... O baixo e a bateria abafavam as vozes e as guitarras...
Gostei e fiquei com pena de não ter conseguido ver desde o início, por ter ficado na conversa à entrada do S. Jorge em vez de me despachar...
Também gostei do estilo dela com a Gibson Firebird... até fez uns solos naquilo e tudo... :)
SantogoldFoi sair de Ladyhawke e voltar ao Tivoli, para onde toda a gente ia rumar...
Ainda lá estava o JJ e a sua banda a tocar, e foi esperar que acabassem...
O palco foi esvaziado e foi colocada uma DJ Table com o Set todo, e nada de instrumentos... Torci o nariz porque gostava de ver a "Lights Out" e pensei que não ia haver "nada para ninguém"...
O espectáculo começou com a actuação a solo do DJ que acompanhava a Santi. Um Sonzito electrónico/dub/reggae porreirito e tal, e de repente sai um sample de "This Charming Man"... e depois outra vez... depois uma boa parte da canção... acho que foi este o catalizador da explosão que depois ocorreu na sala (se é que tal catalizador fosse mesmo necessário...). Depois foi a vez do sample da "Roxanne" dos Police... o que para mim estragou tudo, porque sou daqueles (poucos) que acham que o Sting devia ter ficado lá na terrinha dele a ser mineiro...
O duo de bailarinas/coro entrou e começou a coreografia... pouco depois entrou a Sandi... e aí começou a festa... o público levantou-se das cadeiras e começou a dançar... até ao final do concerto.
Ficámos lá em cima no balcão mas isso não impediu que dançássemos tanto como o público lá em baixo... e como os que depois subiram para o palco, chamados pela Santi.
Foi uma hora bem divertida e foi engraçado ouvir a versão dela de Guns of Brixton.
Claro que vimos até ao fim, e consequentemente não chegámos a tempo de entrar no Maxime para ver El Perro Del Mar... :(
(A Tangerina ficou aborrecida por lhe achar que só com a mesa do DJ o show foi uma sessão de Karaoke... :) mas eu fiquei assustado com a entrada da Santi em palco, nos primeiros instantes em que ela cantou pareceu-me que iamos ter um show de Playback!... :/ felizmente vi que era mesmo ela que estava a cantar... a ideia não fazia sentido nenhum mas mesmo assim... lolololol)
Day#2Lykke Li (or Miss Chest Pops)
Só conhecia 2 ou 3 canções da rádio e portanto fui a zero... mas com muita curiosidade.
Sem dúvida alguma o melhor concerto (a que assisti) do festival.
A entrada foi potente, e o resto do concerto também. Com ela a soltar uns chest pops de fazer inveja às bailarinas da Sandi White...
O som (no Variedades) estava muito bom, bem balanceado, ao contrário de por exemplo Ladyhawke...
Ainda arranhou o português... pequena lembrança de que viveu cá uns tempinhos...
Foi um daqueles concertos para ver até ao fim, com encore e tudo... ir a correr para guardar lugar ou para apanhar o resto de outro concerto não fazia sentido nenhum!
PhoebeDepois de sair saciado de Lykke Li fui até ao S. Jorge para ver a Phoebe, umas amigas que entraram no início do concerto estavam cá fora no bar. Eu entrei para ver a Phoebe e percebi o porquê... e percebi porque é que a Phoebe não quis continuar a cantar ou foi dispensada dos Nouvelle Vague...
É um tipo de espectáculo e de música não muito habitual hoje em dia. Parecido com isto só me consigo lembrar de Nick Cave no tempo dos Birthday Party.
É uma onda irreverente mas eu já não tenho muita paciência para a coisa... mas fiquei até ao fim do show para aplaudir a atitude...
Algo me diz que o bebé da Phoebe vai nascer prematuramente... e a gritar: "Get me out of here! Jesus, I just can't stand it any longer!" :D
peixe:aviãoSaí de Phoebe e entrei no S. Jorge 2 para ver os peixe:avião, que já tinham começado...
Queria vê-los ao vivo mas foi entrar e sair logo... estavam muito fraquinhos... eu saí nem tanto por ter de ir guardar lugar em The Walkmen mas sim porque eles não estavam mesmo a puxar. Com certeza, são muito melhor disfrutados num espectáculo a solo... fico à espera dessa oportunidade.
The WalkmenChegámos a horas ao Tivoli e ficámos num dos camarotes cá em baixo.
Era a banda que ia ver com mais espectativa e se calhar por isso não achei o concerto grande coisa. O Hamilton (e o resto da banda) praticamente não interagiu com o público. Acho que podiam e deviam ter feito diferente, e melhor...
Não desgostei completamente mas para o fim tornou-se (demasiado) repetitivo e saímos antes do fim, para ir ver os X-Wife ao Variedades.
(A coisa não estava a ser nem muito boa nem muito má mas o Tiago (Bettencourt) que estava no camarote ao lado batia umas palmas moles com uma atitude tipo "estou a fazer um gandá favor a estes bacanos pah!"
Se calhar acha mais divertido andar bezano pela Bica, com ar de corocho...
Esta atitude de alguns artistas portugueses para com as bandas estrangeiras é daquelas cenas que me dá uma vontade de rir... ainda me lembro do comentário do Rik quando vimos Mazgani e Spoon na Aula Magna...)
X-WifeOutro grupo que por acaso nunca tinha visto ao vivo e que estava muito curioso de ver. Fomos cedo e ficámos bem à frente porque a enchente era mais do que esperada...
Sairam clássicos e canções do último álbum.
Estavam contentes (e até admirados, digo eu) com o público que pulava e cantava. E como a segurança não deixou ninguém subir para o palco (ao contrário do que tinha acontecido com a Lykke Li), o Fernando (que era aquele que estava a curtir mais o público) veio tocar o baixo para o meio de nós.
We all were on a mission to rock n' roll!!!
Estes morcões azeiteiros deram-lhe bem... Foi o meu segundo concerto preferido do festival.
Acho que em Portugal com o mesmo nivel rockeiro só temos o grande Paulo Furtado.
And that was it...