Day One
Bass-Off
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Ouvi o tema de abertura do SBES deste ano - um instrumental do caraças deste trio. Grande som de garagem! Rock n' Noise, com muito power...
O nome diz que não há (guitarra) baixo mas também não me parece haver espaço para tal no som deles... O som estava bem cheio e até as colunas e as paredes da sala vibravam...
Infelizmente as canções não têm a mesma energia que os instrumentias... mas gostei bastante.
Inicialmente tinha pensado em dar só uma espreitadela e depois ir ver os Wild Beasts na sala 1 mas acabei por ficar com os Bass-Off até ao fim... e ainda bem...
Wild Beasts
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O som até estava bastante bom.
Mas parece-me que a música deles (mais intimista) não se integra num festival deste género.
Para além das vozes principais nas canções o Hayden e o Tom trocaram também o baixo com a guitarra... uma versatilidade que aprecio...
Quando cheguei a sala estava cheia e acabei por ficar numa zona que tinha mais movimento que um centro comercial na véspera de Natal...
Mikkel Solnado & Gabriel Flies
Quando entrei na sala 2 do São Jorge tive a impressão que os seguranças tinham subido para o palco e que estavam a tocar... porque a banda convidada não tinha aparecido... depois ainda pensei se não seria a malta do "ferro" lá do meu ginásio que se tinha juntado para tocar umas malhas...
Finalmente percebi que era o concerto do Mikkel Solnado e os Gabriel Flies...
Ebony Bones
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Apesar de diferente foi a equivalente do ano passado da Santi White... até pelo palco que ocupou...
Pôs o público a dançar de um lado para o outro mas eu tinha de ir ver os Voxtrot...
Voxtrot
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Lugar na 2ª fila <=> ouvir o som de palco... como seria de esperar... but I wanted to be there...
A camisola às riscas do Ramesh era um dos ex-libris... :)
Anti-vedeta... antes do concerto começar estava a beber cerveja e a conversar com aquele que me pareceu ser o amigo Pedro Ramos... pareceu...
Tal como disse, ouvi o concerto todo com o som de palco e não ouvi como estava a som "lá fora".
O Ramesh sempre a saltar de um lado para o outro, qual teenager...
Disse que queria viver em Portugal e perguntou se alguém queria casar com ele, homem ou mulher... não interessava... :) Se fosse a contar com as três miudas que estavam na 1ª fila já tinha uma noiva e respectivas damas de honor.
Esqueceu-se da única frase em português que sabia, a sua guitarra ficou sem som, o guitarrista partiu uma corda... mas era como se estivessem a tocar em casa...
Tocaram muito bem a cover de "This is the day" dos The The.
E no final também souberam pôr o público a dançar (no São Jorge).
O melhor dos concertos que vi nessa noite.
Legendary Tigerman
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Paulo Furtado, de momento o maior maluco da nossa praça.
Ainda consegui ver os ultimos acordes e versos com a Rita Redshoes.
E ainda deu para o ver fazer voar uma Gretsch de milhares de euros...
O resto...
Não vi mas gostava de ter visto "Os Quais". Vou ter de esperar pela próxima oportunidade... "Não tenham medo de ser ridículos" foi o que se ouviu no LA Caffé...
Day Two
João Só e os Abandonados
As cançoes cantadas em português não me animaram por aí além.
Os Golpes (Altos)
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Era um dos concertos do SBES '09 que não queria perder.
Para mim, justificaram plenamente a escolha da organização de os colocar a tocar na sala 1 do São Jorge. Na versão deste ano do SBES, sem o Teatro Maria Vitória, seria difícil colocá-los noutra sala... nevertheless, mostraram-se mais do que à altura do tamanho da sala...
O som estava impecável e a participação das Caixas Furiosas foi bem mais que um (simples) adereço...
As cançoes de "Cruz vermelha sobre fundo branco" correram soltas.
A aproximação da imagem do Manuel "timoneiro" Fúria ao Pedro Ayres Magalhães não parece obra do acaso...
Beach House
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Tive de esperar vários minutos até conseguir entrar no Tivoli. Vi as últimas quatro canções e gostei do ambiente criado pela victoria e pelo Alex... no palco e fora dele... o Tivoli estava cheio (não tão cheio como ficou com os Little Joy) e o público, tal como eu, também gostou.
Little Joy
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Tivoli a abarrotar (a maior assistência naquela sala nos dois dias do festival)...
A lingua não era uma barreira e o Rodrigo e o Tiago estiveram mais do que à vontade com o público... até houve português com sotaque lusitano...
Na minha opinião a Binki teve o volume do(s) seu(s) microfone(s) sempre demasiado baixo... não percebi porquê...
A abertura do concerto com o Rodrigo a tocar sozinho "Evaporar" foi demais...
Tive de sair antes do final para ir ver o melhor concerto do SBES '09...
Patrick Watson
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O melhor concerto a que assisti este ano... O ano começou em grande com os Elysian Fields e acabou ainda melhor com o Patrick...
Só este concerto valeu os 40€... até valeu mais...
Houve várias falhas de som no concerto... huummm...
À segunda falha de som o Patrick pegou no megafone e cantou... os outros acompanharam... um banjo... uma guitarra acústica... umas panelas de esmalte e um tambor... e o público no silêncio completo... ninguém espirrou ou tossiu :)
Depois tocou com a voz e com um mute de borracha o megafone como se fosse um trompete... sem palavras...
Perguntou com toda a naturalidade ao público se podia ir à casa de banho... claro que dissemos que sim! Desde que voltasse... :) deixou a banda a tocar aquilo que seria o intro da canção seguinte.
O baterista Robbie Kuster tirou som de tudo o que eram objectos, desde panelas até um serrote de aço (tocado magistralmente com um arco de violoncelo)... chegou até a tocar a guitarra acústica como se fosse um yang ch'in...
No final valeu tudo... até ver o guitarrista esvaziar um balão para fazer um riff de guitarra.
Musicalmente, "Wooden Arms" é melhor que "Close to Paradise", que é mais orientado à canção. O "Wooden Arms" estava um pouco difícil de "entrar na cabeça", talvez por já não ir estando habituado a tanto experimentalismo e até psicadelismo (que se percebeu bem no concerto), e decidi que devia descobrir o álbum no concerto... a dimensão sonora dele só se percebe bem ao vivo... esta minha abordagem de ir para um concerto sem expectativas sempre resultou... e desta vez melhor que nunca... por incrível que pareça saí de lá a sentir-me uma pessoa diferente, por pouco que seja e não sabendo ainda bem no quê... foi um momento contemplativo...
Mas não faltaram canções como "The Great Escape" e "Luscious Life".
Na última falha de som trouxeram uma mochila para o Patrick que consitia num conjunto de cornetas sonoras (com luzes), um amplificador e respectivas baterias. Sintetizando, aquilo era um "backpack sound system with light effects"... A banda ligou umbilicalmente os instrumentos à mochila do Patrick e subiram até ao meio do São Jorge. Ficaram mesmo à minha frente... e houve outra vez um momento de silêncio total... depois cantámos, primeiro baixinho (almost whispering) e depois aos gritos o refrão "(it) was just me, the fish and the sea" de "Man Under The Sea"... outro momento indescritível...
Final moment (último encore):
Perguntou se queriamos ouvir "To Build A Home" ou uma surpresa. Maioritariamente (e com a sua ajuda) o público escolheu a surpresa... apesar de eu gritar "Both!"... e então cantaram os quatro 'à capela' com a ajuda do loop pedal. Se fosse um concerto em nome próprio tinhamos ouvido também "To Build A Home"... baahhh!!!!
Eu cá não sou de invejas mas quem gosta de música verdadeira, viva, orgânica, com dimensão humana... e por vezes divina... perdeu um daqueles concertos que ficam na memória... :P
P.S. 1 - Como podem adivinhar as várias falhas de som (acho que contei quatro) foram premeditadas... e ainda bem!!!!
P.S. 2 - Já me esquecia, o número de palmas que se ouviram naquela sala durante toda a noite foi mais ou menos o número de liras turcas necessárias para comprar uma Bola de Berlim: milhões milhões e mais milhões... nem vou falar dos uivos e dos assobios...
O resto...
Gostava de ter visto Piano Magic e Kap Bambino mas os concertos foram em simultâneo com outros... e houve que fazer escolhas...
Os melhores concertos:
- Patrick Watson
- Voxtrot
- Os Golpes
3 comentários:
Se isto fosse um filme de certeza que haveria uma cena, algures no dia 1 ou 2, em que eu e a M. nos cruzavamos contigo. Quem sabe na passadeira da Av. da Liberdade, ou qd tu tentavas entrar no tivoli para ver Beach House e nós tentavamos sair. Quem sabe, maybe. Tive muita pena de não ter Patrick Watson mas daí as escolhas, também gostei muito dos Golpes, po ano espero q incluam o coliseu e até pode ser o Hard Rock nas salas de espectáculos e deixem de tentar fazer concertos no Maxime.
Yup! Who knows? Até pode ser que haja uma sequela desse filme... lolololol
Não sei, talvez o Coliseu seja grande demais e fique (uns passos) longe demais das outras salas... Na edição do ano passado o Teatro Variedades pareceu-me um bom local. E fui um dos que não conseguiu entrar no Maxime para ver El Perro Del Mar... O Hard Rock é uma excelente ideia, até porque assim aproveito para comer o tão famigerado Brownie com gelado...
Eu também não consegui entrar no Maxime o ano passado pa ver El Perro Del Mar lol Mas vi a Lykke Li no variedades, não sei pq não usaram este ano, ainda mais com o Parque Mayer condenado ao esquecimento...Usavam o autocarro ingles para levar o povo po coliseu, ainda dei uns passos largos para chegar ao marques este ano...
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